Nos últimos anos, houve uma mudança profunda e permanente no modelo de trabalho por causa da pandemia de COVID-19, que acarretou em inúmeras mudanças ao redor do mundo. Este período provou que as empresas podem adotar políticas de trabalho híbrido sem afetar sua produtividade, uma vez que o modelo passou a ser a opção preferida de milhões de funcionários e empresas ao redor do mundo.
É notório que a liderança no mundo híbrido é uma habilidade a ser aprimorada e que sua adoção pode aumentar o desempenho no trabalho dos funcionários, bem como sua satisfação no dia-a-dia e também a qualidade de suas entregas.
Uma pesquisa da Accenture mostra que 63% das companhias de alto crescimento adotaram modelos de trabalho de “produtividade em qualquer lugar”, destacando a relação entre o bem-estar dos funcionários e o sucesso empresarial com alta performance.
Construir uma política de trabalho híbrida que permita às pessoas traçar linhas claras entre suas vidas domésticas e profissionais, combinando oportunidades para trabalhar em casa com acesso a um espaço de trabalho local e flexível é agora vital.
Para desempenhar uma boa liderança nesse modelo, destaca-se a importância da liderança situacional centrada nas pessoas de forma aberta, participativa e ativa não apenas nas estratégias, mas nas diversas situações do cotidiano do ambiente de trabalho.
Para isso, é importante ter como base para as relações os pilares em torno da empatia, confiança, honestidade e encorajamento, para que assim, tenhamos em nossas mãos a principal ferramenta contra o fenômeno do “quiet quitting” (atitude no ambiente corporativo em que o empregado se propõe a trabalhar o mínimo necessário, sendo este um termo equiparado à uma demissão silenciosa).
O perfil ideal para liderar esse formato de equipe inclui a compreensão do perfil comportamental de uma equipe como um agrupamento de indivíduos, onde cada um tem sua própria personalidade.
Além disso, é importante se interessar pelos desafios do dia-a-dia, atuando como um apoio na hora de encontrar soluções que levam ao alcance dos resultados individuais e coletivos.
É fundamental conhecer e acompanhar de perto as equipes.
Considerando isso, separamos cinco práticas essenciais para ser um bom líder no modelo híbrido de trabalho:
- Permitir e incentivar o trabalho autônomo e a autogestão, sem microgerenciamento;
- Adotar ferramentas adequadas para o híbrido, escolhidas com a interação dos funcionários;
- Fomentar momentos de interação física entre os times;
- Manter os objetivos estratégicos e metas operacionais bem claras para todos, SEMPRE;
- Criar um ambiente lúdico e agradável que torne o trabalho mais leve e prazeroso.
Flávia Avancini
Comercial & Relacionamento na Proativa RH