Job Hopping é uma tendência que cresce no mercado de trabalho e que se refere aos profissionais que mudam de emprego com frequência e voluntariamente. Mudar constantemente de emprego tornou-se uma prática muito comum para os profissionais e um grande transtorno para as empresas.
Na última década, a estabilidade no emprego que tanto almejavam as gerações mais antigas foi perdendo o sentido! A nova geração, os job hoppers, buscam novos desafios e descobriram novas formas de viver e trabalhar. Permanecer em um ambiente que não proporciona o que eles esperam, os faz procurar novas oportunidades, sem culpa e sem medo, não importando o tempo desde que ingressaram na empresa. A maioria dos job hoppers tem entre 20 e 34 anos, costumam estar ligados ao mundo da tecnologia e preferem trabalhar por projetos.
Para as pessoas que adotaram o job hopping em suas vidas profissionais, mudar de emprego com frequência pode trazer mais vantagens do que desvantagens, já que conseguem salários maiores, melhores condições de trabalho, novos conhecimentos e a sensação de liberdade por não estarem presos a uma empresa. Para as empresas que os contratam, porém, a constante rotatividade de pessoal pode se tornar um grande problema, tanto econômico quanto de desenvolvimento e crescimento.
O QUE AS EMPRESAS PODEM FAZER PARA EVITAR O JOB HOPPING:
Proporcionar oportunidades de crescimento e desenvolvimento: oferecer programas de treinamento, oportunidades de mentoria e possibilidades de promoção.
Oferecer salários e benefícios competitivos: para essas pessoas o salário não é o único que importa na hora de aceitar uma oferta de emprego, mas é lógico que ainda é uma parte muito importante dessa decisão. Melhores salários e benefícios sempre significaram uma maior atração e retenção de perfis qualificados.
Oferecer flexibilidade e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: para muitas pessoas a flexibilidade, tanto em questão de horário quanto em poder escolher de onde trabalhar, tem um grande peso. Eles valorizam muito mais a saúde mental e a convivência com a família.
Valorizar mais o trabalho das pessoas: quando os profissionais não se sentem valorizados na empresa, o desejo de dizer adeus virá. É importante que a empresa deixe bem claro o seu valor e a importância na organização.
Criar um ambiente de trabalho saudável e diversificado: um ambiente de competição constante entre colegas e onde o clima é frequentemente tenso, certamente não será o lugar onde esses profissionais desejarão estar. Por isso, é muito importante fomentar um local onde as pessoas se ajudem e tenham empatia com seus pares ou subordinados.
Luciana Martino
Coordenadora na Proativa RH, do núcleo de Atração & Seleção Middle & Top Management