As organizações vêm moldando-se conforme cada ciclo sócio temporal, na busca por solidez e crescimento no mercado. Para isso, desenvolvem e implementam uma série de ferramentas, técnicas, programas e ações focados na motivação e engajamento de suas equipes. Considerando que a partir da geração Z houve uma grande queda do valor à carreira, onde o sucesso está figurado ao VIVER, parece uma meta inatingível às empresas, visto que a motivação é algo individual concebido da experiência e expectativas de cada pessoa.
Concomitante a isto, temos a ampliação aos cuidados à saúde mental e à qualidade de vida, como a desmitificação do Burnout e sua classificação como doença ocupacional. E após esses períodos pandêmicos, em meio à guerra, houve uma grande reflexão sobre propósito e valores nas buscas dos indivíduos, tornando essencial e básico na fala dos RH’s conceitos que permitam à construção de carreiras com a valoração da vida pessoal.
Nessa onda surge o Quiet Quitting como um movimento para empoderar as pessoas a fazer o básico e sair do padrão workaholics. A concepção inicial do termo surgiu quase como uma reação automática e natural como a veia da insatisfação e frustração diante a falta de condições adequadas de trabalho, remuneração defasada, falta de mérito reconhecido, entre outros, onde o indivíduo nestes cenários fará o mínimo possível dentro das suas rotinas, como um recado silencioso ao seu contratante.
Contudo, deixamos o alerta, o Quiet Quitting pode parecer uma solução confortável com ar de liberdade, mas fazendo o mínimo sua posição pode rapidamente ser considerada desnecessária, fazer o mínimo irá limitar os seus ganhos, enfraquecer sua estabilidade e impossibilitar sua ascensão. E aquele breve sensação de conforto será coberta por frustração e insegurança.
Como profissionais especialistas em carreiras, nossa recomendação é:
- Alinhe o que você espera (precisa) ao que sua profissão pode oferecer.
- Não misture os papéis, aplicando as empresas à responsabilidade de sua satisfação pessoal.
- Busque empresas que compartilhe dos mesmos valores que os seus, certamente ela terá políticas que te permitam VIVER o sucesso de uma carreira com a qualidade de vida que almeja.
Por fim, atente-se aos sinais seus e de seus colegas de trabalho, pois o Quiet Quitting pode ser uma resposta ao Burnout, ou outras patologias (físicas ou psicológicas), e a ajuda profissional será sempre o melhor caminho para sua melhora.
Juliana Kogake
Recrutamento & Seleção da Proativa RH
