Muita gente se perguntou o que significava “metaverso” quando, no último trimestre de 2021, o Facebook (empresa que opera as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp) mudou seu nome para Meta, fazendo alusão ao tal termo misterioso e indicando um novo norte em sua gestão: tornar-se em uma “empresa de metaverso” em cinco anos. Esta expressão diz respeito a um novo mundo paralelo, onde pessoas poderão se sentir inseridas em ambientes com o uso de óculos de realidade virtual, fones de ouvido, projetores e toda a sorte de aparelhos proporcionados pelos avanços tecnológicos que atingimos e que atingiremos.
A primeira ação da Meta foi a criação de uma sala virtual de reuniões, onde os usuários tem seus personagens virtuais e, à distância, sentam-se ao redor de uma mesma mesa. Uma evolução da nossa já conhecida “call” no Teams, Zoom, Skype e etc. E para o futuro o objetivo é criar um mundo virtual inteiro, onde empresas, lojas e marcas poderão se instalar, interagindo com pessoas e proporcionando interação entre elas.
Este assunto todo, mesmo parecendo algo futurista e longe do nosso alcance, segundo previsões de especialistas e do empenho das empresas de tecnologia, deve começar a aparecer em nossa realidade na próxima década. E o RH tem a missão de olhar para a frente e entender como esta revolução irá impactar no R&S, na Administração de Pessoas, nas relações, hierarquias e na dinâmica do trabalho.
Partindo do processo de Recrutamento & Seleção, para além das salas de reuniões virtuais onde poderão acontecer as entrevistas, o ambiente virtual poderá proporcionar novos formatos de testes e dinâmicas, disponibilizando cenários que possibilitem testes psicológicos, simulações do ambiente de trabalho, avaliação de resolução de problemas e trabalho em equipe.
Um ambiente virtual também favorecerá uma integração diferenciada e imersiva do novo colaborador. O metaverso será muito bem explorado pela área da Educação, viabilizando treinamentos e reciclagens à distância, que somados às possibilidades que o universo virtual disponibiliza, poderão ter mais qualidade e absorção do aprendizado do que um treinamento presencial numa sala de aula.
O RH também deve antecipar as novas dinâmicas que se formarão a partir desta nova forma de interação. Em entrevista à Revista Forbes, o professor em Gestão de Recursos Humanos da Universidade Veiga de Almeida, Wagner Salles, aponta que com o metaverso “modelos de trabalho mais verticalizados, com menos hierarquias e mais colaboração, ganham força.” E ainda aponta para a lacuna legislativa que irá se abrir “Ainda não temos no Brasil uma regulamentação clara para o trabalho remoto, que dirá para o metaverso.”
O RH deve estar atento a todas as mudanças que surgem na esteira da Transformação Digital, se debruçar sobre cada uma delas e explorar suas possibilidades, com o intuito de aperfeiçoar seus processos e entender seus impactos nas relações de trabalho.
Reinaldo Araujo
FONTES:
https://www.cnnbrasil.com.br/business/entenda-o-que-e-o-metaverso-e-por-que-ele-pode-nao-estar-tao-distante-de-voce/
http://rhpravoce.com.br/redacao/papel-rh-no-metaverso/
https://www.mundorh.com.br/metaverso-um-futuro-nao-tao-distante/
https://forbes.com.br/carreira/2021/11/como-o-metaverso-pode-impactar-a-forma-que-trabalhamos/