Um equilíbrio para o sucesso
Nos anos 90 Daniel Goleman, diz que a Inteligência é revelada na dimensão cognitiva, ou seja, as competências de raciocínio analítico e lógico e as capacidades de compreender e gerenciar nossas próprias emoções. Desde então, o mundo corporativo direciona esforços para compreender e aprimorar a Inteligência Emocional com teorias, técnicas, ferramentas, entre outros, na tentativa de desenvolvê-la como skill em suas equipes.
Nos ambientes de trabalho é comum a valorização da invulnerabilidade emocional, principalmente aos líderes, numa alusão a um favorecimento ao raciocínio pautado na lógica e imparcialidade sob pressão. Brené Brown em 2010 transforma a vulnerabilidade em poder, trazendo visibilidade e espaço à história que todos carregamos ao assumir um determinado cargo, e que essa bagagem fará parte de como serão construídos e entregues os resultados que virão.
Há dois anos com o início dessa pandemia global que transformou a vida de todos, inclusive o mercado de trabalho. As empresas foram forçadas a adaptar seus ambientes e durante este período vimos os trabalhos invadiram as casas e todos tivemos nossas vulnerabilidades expostas, com câmeras em meetings que ouviam e viam rotinas particulares, e a dor das perdas de familiares e amigos.
O olhar à saúde mental e qualidade de vida vem sendo ampliando, e seus impactos nos negócios, principalmente com este proeminente e otimista retorno à uma “normalidade”. Pensando nisso, teremos de encontrar o equilíbrio para aceitar o poder da nossa vulnerabilidade, nos permitindo coragem e atitude para nos lançar aos desafios do dia a dia, atrelado à inteligência emocional para equilibrar toda essa bagagem e transformá-las em oportunidades.
- A coragem de ser imperfeito, Brené Brown, Editora Sextante, 2012
- 1995: Emotional Intelligence: Why It Can Matter More Than IQ , Bantam Books . ISBN 978-0-553-38371-3
Juliana Kogake, dezembro de 2021