Absenteísmo é a palavra que nomeia as situações de ausência do colaborador ao trabalho. Seja por faltas injustificadas, por licença médica, folgas ou férias. Inspirada neste termo foi cunhada a palavra “Presenteísmo” que define o trabalhador que, apesar de presente em todo o horário de trabalho, é incapaz de dedicar-se de forma completa às suas tarefas.
O profissional que sofre deste mal não consegue mais se vincular emocionalmente ás suas tarefas. Caindo sua produtividade, demorando mais tempo que o normal para entregar seu trabalho, podendo até prejudicar uma equipe inteira.
Diferente do movimento Quiet Quitting, que é encarado como uma forma de protesto passivo contra insatisfações no trabalho, onde o colaborador se propõe a realizar apenas aquilo para o que foi contratado esforçando-se na proporção de sua remuneração. O presenteísmo é consequência de doenças físicas, mentais ou problemas pessoais que abalam a habilidade de conectar-se com suas atividades.
O presenteísta pode mesmo até fazer horas extras se necessário, pois teme perder o emprego. Portanto para ele é importante mostrar-se presente, apesar de não produtivo. E muitas vezes não busca ajuda porque acredita que desta forma demonstraria fraqueza.
Segundo a ISMA-BR 23% dos trabalhadores brasileiros são presenteístas e este número aumenta quando recortamos o dado para o setor industrial: 35%. As empresas tem a capacidade de ajudar a diminuir este cenário, pois grande parte das motivações do presenteísmo tem ligações com o ambiente de trabalho, como a Síndrome de Burnout, displicência com o clima e cultura organizacional, bullying, entre outros.
É preciso sensibilidade no olhar da gestão, e até mesmo dos colegas, para identificar os casos de presenteísmo. Abrir um canal de comunicação direto, traçar planos de carreira que tragam perspectiva de futuro aos colaboradores e realizar ações que levantem a moral do time e resgatem a motivação.
Reinaldo Araujo
Analista de Marketing na Proativa RH
Fontes:
